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Eixo
geomorfologia, geoquímica, geofísica

Os conhecimentos detalhados sobre os potenciais ecológicos dos ambientes possibilitam a geração de estratégias para usos sustentáveis dos recursos naturais. Deste modo, tem-se, por exemplo, o reconhecimento e a proteção dos ecossistemas mais frágeis, a identificação de áreas com maior potencialidade agrícola, bem como um eficiente monitoramento regionalizado das formas de ocupações antrópicas das terras. Estes estudos são necessários para apontar as áreas de risco de elevada incidência de contaminantes, indicar as possíveis rotas de disseminação e definir estratégias de recuperação de áreas mais
impactadas.

ESTUDO 1: solos e paisagem

DESCRICAO DA AREA

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Levantamento de dados bibliográficos e cartográficos: mapas planialtimétricos, de geomorfologia, geologia e solos, disponíveis para a BTS;  Identificação da distribuição geográfica dos solos nas áreas de florestas de manguezal qualidade.

Eixo2-Estudo1

Figura 1: Abertura de trincheira para descrição de solo.

DESCRICAO DOS SOLOS

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São escolhidos locais para a abertura de trincheiras (Fig. 1), ou tradagem (Fig. 2) para descrição de perfis, conforme métodos sugeridos por Santos et al. (2005) nos manguezais da BTS em todos as sub-áreas 

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ANALISES:

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--> pH, condutividade, potencial-redox e temperatura com uso de uma sonda multiparametrica no campo (Fig. 2)

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--> granulometria, química (rotina), salinidade, pH, ataque sulfúrico (EMBRAPA, 2011) e mineralógica da fração argila por Difratometria de Raios X.

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--> classificados conforme Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 2013) e FAO (2014).

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A

B

Descrição morfologica do solo no trado 

Figura 3: Tradagem para descrição do solo e coleta de amostras (A) e leitura in situ do pH e do Eh no perfil do solo (B)

MAPEAMENTO

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Elaboração dos mapas temáticos e do zoneamento: serão elaborados com o software ARCGIS 10.2, mapas de vegetação, clima, hidrologia, relevo, solos e dos níveis de contaminação. Uma vez gerados os mapas temáticos, será possível cruzar as informações de tais mapas, para geração das categorias que compõem as zonas de risco do local estudado.
 

Proposição de um zoneamento de risco: com base nas informações referentes a clima, vegetação, geologia, geomorfologia, solos e no mapeamento da poluição, buscar-se-á a elaboração de um zoneamento de risco de poluição das regiões estudadas, visando indicar as áreas de risco e o estabelecimento de sugestões de padrões de uso que se aproximem do uso potencial dos recursos naturais.

ESTUDO 2: poluição de solos

Eixo2-Estudo2

COLETAS DE SOLOS - POLUICAO POR METAIS

São amostrados solos nas profundidades de 0-0,05 m e 0,05-0,10 m na área de 50 x 50 m. Serão coletadas cinco amostras simples para obtenção de um composta, em quatro repetições por área. Amostras simples são homogeneizadas em bandejas plásticas e retirada uma alíquota em torno de 2Kg. Os solos são coletados com uso tubo de PVC de 50 mm de diâmetro. Em campo, as amostras são avaliadas para pH, potencial redox (Eh), tempreratura (T) e Oxigênio Dissolvido (OD). As amostras são acondicionadas em sacos plásticos, mantidas a temperatura de aproximadamente 4°C e transportadas para Laboratorio de Metais Traços da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 

Figura 3: Equipe de coleta de solo para analises fisico-quimicas

Analises:

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+ Granolumetria, densidade de particulas 

+ Teores totais de elementos quimicos por pXRF e EDX (espectrometria de fluorescência)

+ Teores pseudo-totais de metais pelo método USEPA3050B 

+ Análise mineralógica das frações argila, areia e silte por difratometria DRX e MEV nas argila.

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Figura 4: Equipamentos de analise -

difratômetro DRX (esquerda) e espectrometro EDX (direita)

COLETAS DE SOLOS - POLUIÇÃO POR MICROPLASTICOS

 

O procedimento de coleta, análises laboratoriais, quantificação de microplásticos e variáveis ambientais será equivalente ao descrito por Frias e Pagter (2018), por se tratar de um protocolo que tem como objetivo melhorar o método de amostragem, processamento e a qualidade de coletas de microplásticos, de forma que permite comparações com diferentes estudos em todo mundo.

 

Para definição da área de amostragem, será traçado uma linha de 100 metros de largura, paralelo ao corpo hídrico, usando aplicativo de geolocalização. 

Desenho amostral: 
3 linhas de 100 m de comprimento a partir do rio/mar (AC1, linha de maré baixa) até a linha de maré alta (AC2, área de acumulação).
3 subamostras em cada linha, espaçados de 50 m

Em cada unidade de sub-amostragem, serão coletados solos numa área de 400 cm2 (20 x 20 cm), nas profundidades: 0-3 cm, 10-13 cm e 30-33 cm (entre 1 e 1,5 kg de solo), usando uma forma metálica ou um trado inoxidável Napoleao, de acordo com a natureza do terreno. 

A

B

plastico dentro do solo

Figura 5: Macroplasticos na superficie (A) e dentro do solo (B); coleta de solos para estudo de microplasticos (C e D)

Analises:

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+ Analise da composição química completa das amostras num espectrômetro de fluorescência de raio-X por energia dispersiva (EDX 8000)
+ Separação das micropartículas de plástico por densidade (ZnCl2).
+ Observação por microscopia ótica das micropartículas (Olympus BX51), com analise das fotografias no programa ImageJ para contagem e determinação do tipo das micropartículas (fibra, pellets, fragmentos).
+ Analises das amostras por espectroscopia NIR-UV e microscopia eletrônica

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analise de microplasticos

ESTUDO 3: poluição de águas

Eixo2-Estudo3

AGUA DO SOLO NOS MANGUEZAIS

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A agua do solo sera coletado conjuntamente as amostras de solo retirado com trado Napoleão (ver Estudo de pedologia). 
As amostras serão recolhidas no mesmo local da retirado do solo, armazenado em frascos HDPE. Serão filtradas no laboratório (0,45 µm), e analisadas por espectrometria EDX e ICP-OES para característica química, a correlacionar com as analises de solo.

Figura 6: A seta aponta a água do solo coletado no lugar da tradagem

RIOS nos estuários

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Os pontos de coletas serão situados nas bacias hidrográficas dos rios da Bahia de Todos os Santos (BTS), próximo aos manguezais onde serão realizados os outros estudos do projeto geral, sobre sedimentos, flora, bentos, caranguejos. A localização dos pontos de coleta seguirá uma estratégia amostral que permite cobrir toda a rede hidrográfica dos rios que desaguam na BTS, com acesso fácil no intuito de poder coleta o máximo de pontos num dia. Devido a extensa de estudo, o tempo de coleta sera de dois a três dias. No final de cada dia de coleta, as amostras serão processadas (DBO, coliformes, etc...). As coletas dos rios serão realizadas a cada dois meses, tendo três coletas na estação seca, e três coletas na estação chuvosa

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Coletas:
+ Aguas para análise das parâmetros necessários à determinação da qualidade de água
+ Amostra de 50L filtrado no campo a 0,05mm, para retenção das micropartículas de plásticos.
+ Sedimentos, coletados com trado de sucção a uma distância aproximada de 5 metros da margem, nas profundidades 0-5cm, 5-10 cm e 10-15 cm.

Analises :

--> Temperatura, pH, oxigênio dissolvido (OD), condutividade elétrica (CE), total de sais dissolvidos (TSD), turbidez, DBO5,20, nitrogênio total N, fosforo total P e coliformes termotolerantes.  O preparo e a análise serão realizados de acordo com as normas da USEPA e da APHA (2012).

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--> Com base nos valores, sera calculado o Índice de Qualidade de Agua (IQA).


--> Cátions e dos ânions por cromatografia e metais traço por espectrometria ICP-OES.

 

--> Nos sedimentos: analises por EDX e analises de microplásticos 

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